Reinvenção: Palavra que Define a Dogwish

Reinventar. Essa é uma palavra que muitos brasileiros tiveram que aprender o significado em 2020 e 2021, conforme a pandemia avançava, destruindo empregos, renda e costumes. Uma dessas brasileiras que aprendeu o significado dessa palavra foi Eliza Ferreira, fundadora da Dogwish, uma dogueria artesanal de Caucaia, Ceará.

A história empreendedora dela começa, como tantas outras, no início da pandemia. “A Dogwish começou em junho de 2020 um pouquinho depois do primeiro lockdown que teve por conta da pandemia, eu fazia faculdade, tinha estágio”, conta Eliza. “Sendo que com a pandemia o meu estágio ficou de home office e a faculdade e as aulas foram suspensas por um determinado período”,completa.

Esse período provocou uma grande angústia na população brasileira, e com Eliza, não foi diferente.

Haramis Barbosa, seu namorado, percebeu isso e deu a sugestão: empreenda. “Eu fiquei muito ansiosa e meu namorado perguntou porque que a gente não fazia alguma coisa para vender por delivery, porque eu sempre gostei muito de cozinhar e de experimentar receitas novas”, explica a empreendedora.

Mas que tipo de alimento ela poderia vender? A resposta veio em pouco tempo. “Daí um dia a gente pediu um cachorro-quente, desses comuns mesmo, aí surgiu a ideia. Porque não fazer um cachorro-quente diferente gourmet para vender? Porque por aqui na minha região não tinha”, conta Eliza.

Para isso, ela teria que fazer algo realmente diferente, melhor e com maior percepção de valor pelo cliente. “Aí eu testei, comecei a fazer os pães, veio a etapa de testes de sabores e tudo mais. Pedi até a ajuda para uma amiga minha que era acadêmica em gastronomia. As primeiras tentativas dos pães não deram certo, mas com a prática fui melhorando e hoje eu acho o nosso pão perfeito”, conta.

Ela entende que teve uma mudança significativa durante a pandemia. “Com a pandemia muita gente teve que ser inventar e eu fui uma delas. Surgiu a Dogwish e hoje sou completamente apaixonada por ela”, completa.

Gostoso, quentinho e bonito

Fazer uma dogueria gourmet também requer reinventar o cachorro-quente, algo que Eliza fez com muito sucesso. “Temos um pão de leite artesanal feito com farinha italiana própria para pão e eu acho que isso chama mais atenção, valoriza mais o nosso produto, é um grande diferencial”, destaca.

Mas não é apenas com um gosto fenomenal que Eliza conquista sua clientela. Desde o começo, ela se preocupou muito com a forma que seus hot dogs chegariam na casa do cliente. “Outro diferencial é a embalagem. Desde o começo eu sempre me preocupei muito em relação a isso. Porque eu gosto de uma coisa bonita bem-preparada, cuidadosa. Quando o meu cachorro-quente chega na casa do cliente eu quero que ele sinta esse cuidado que eu tive também preparar com minha embalagem”, conta.

Não foi uma caminhada, porém, fácil. “As dificuldades foram várias, ainda tem na verdade. Mas soubemos passar por elas e aprender com elas”, relembra Eliza. “E uma das dificuldades no começo foi em relação à embalagem”, destaca.